O Bitcoin (BTC) ultrapassou pela primeira vez a marca dos US$ 118 mil nesta sexta-feira (11/07), renovando seu recorde histórico e provocando uma das maiores ondas de liquidações do ano. Segundo dados da CoinGlass, mais de US$ 1 bilhão em posições vendidas (shorts) foram liquidadas nas últimas 24 horas, afetando cerca de 237 mil traders.
Esse movimento foi impulsionado por uma combinação de fatores técnicos e macroeconômicos. O chamado “short squeeze” quando posições vendidas são forçadas a fechar diante de uma alta inesperada reforçou a pressão compradora. Além disso, o enfraquecimento do dólar e a forte entrada de capital institucional nos ETFs de criptoativos contribuíram para esse rali.
Maior entrada diária em ETFs de Bitcoin e Ethereum
De acordo com relatório publicado pela BitNotícias, os ETFs de Bitcoin e Ethereum negociados nos Estados Unidos registraram na última terça-feira (2) a maior entrada líquida diária da história, somando US$ 654 milhões em aportes. O fundo iShares Bitcoin Trust (IBIT), da BlackRock, liderou o movimento com US$ 421 milhões, seguido pelo FBTC (Fidelity) com US$ 166 milhões.
Entre os fundos de Ethereum, o destaque foi o Grayscale Ethereum Trust, que atraiu mais de US$ 38 milhões em novos recursos. O volume consolidado sinaliza um interesse institucional renovado, que se alinha com o movimento de alta do mercado.
O que explica essa nova alta?
Especialistas destacam alguns pilares principais por trás da disparada recente do Bitcoin:
- Liquidação em massa: mais de US$ 1 bilhão em shorts liquidados, gerando efeito de alavancagem altista.
- Entradas recordes em ETFs: investidores institucionais injetaram mais de US$ 650 milhões em apenas um dia.
- Dólar em queda: o índice DXY recuou para 98, favorecendo ativos alternativos.
- Expectativa de cortes de juros: o mercado projeta política monetária mais branda nos EUA ainda em 2025.
Perspectivas para o mercado
Apesar da empolgação, analistas alertam que o Bitcoin ainda opera com alta correlação a variáveis macro, como juros, inflação e dólar. O mercado de opções, por exemplo, aponta forte concentração de contratos entre os níveis de US$ 115 mil e US$ 120 mil, sugerindo possível consolidação no curto prazo.
Além disso, o volume de posições vendidas ainda é alto. Estima-se que um avanço adicional de 10% no preço do BTC poderia forçar a liquidação de mais de US$ 2 bilhões em shorts, alimentando mais um ciclo de alta.
Conclusão
O rompimento do patamar de US$ 118 mil pelo Bitcoin marca um momento simbólico para o mercado cripto. A combinação de fluxo institucional intenso, liquidações em massa e deterioração do dólar forma um cenário propício para novos avanços mas também exige atenção redobrada dos investidores.
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