O primeiro ETF de Solana com staking nos Estados Unidos foi lançado nesta quarta-feira (3), movimentando cerca de US$ 33 milhões em volume negociado no primeiro dia. Chamado de REX-Osprey Solana + Staking ETF, o fundo também registrou US$ 1 milhão em ativos sob gestão (AUM).
Esse ETF é o primeiro nos EUA a combinar exposição direta ao preço da Solana (SOL) com os rendimentos gerados pelo staking prática comum na blockchain Solana, que funciona com o modelo Proof-of-Stake. A custódia e o staking dos ativos ficam sob responsabilidade da Anchorage Digital, instituição reconhecida como o único banco com autorização federal para essa atividade no país.
Por que esse ETF é diferente?
Lançado sob a Investment Company Act de 1940 um marco regulatório mais exigente o ETF de Solana garante maior proteção para investidores institucionais. O staking permite que os detentores de SOL ganhem recompensas por contribuir com a segurança da rede, e agora isso pode ser feito de forma regulada e automatizada por meio de um produto de bolsa.
Para o CEO da Anchorage, Nathan McCauley, “o staking é o próximo capítulo da história dos ETFs de cripto”. A frase resume bem a importância do produto: ele representa um avanço na construção de pontes entre o mundo dos ativos digitais e o sistema financeiro tradicional.
Impacto para o mercado de criptoativos
A chegada do ETF com staking sinaliza um novo momento para a Solana e o mercado como um todo. Com acesso facilitado aos rendimentos de staking e à valorização da criptomoeda, investidores agora têm mais uma alternativa para exposição institucional ao ecossistema da SOL.
Apesar de ainda não haver aprovação para um ETF spot puro de Solana nos EUA ou seja, um fundo que apenas acompanha o preço da moeda o sucesso inicial do produto com staking pode influenciar decisões futuras da SEC. Até o momento, o Canadá segue na vanguarda, já tendo lançado ETFs de Solana spot e com staking anteriormente.
Como o ETF de Staking funciona?
O fundo adquire tokens SOL e os aloca com validadores profissionais da rede. As recompensas geradas por staking são então convertidas em dividendos ou refletidas no valor do ETF. Ao contrário do staking autogerido, o investidor não precisa lidar com travas, chaves privadas ou configurações técnicas.
Essa estrutura oferece:
- Liquidez diária em bolsa
- Custódia regulada
- Distribuição simplificada dos rendimentos
O que vem pela frente?
Enquanto o ETF de staking se consolida, grandes gestoras como VanEck, Bitwise e 21Shares seguem aguardando sinal verde para lançar produtos spot. O analista James Seyffart, da Bloomberg, destaca que a SEC prefere avançar com cautela, evitando estabelecer precedentes antes de formalizar uma estrutura para ativos digitais.
No entanto, mercados como o Polymarket apontam otimismo: há quase 99% de chance de aprovação de um ETF spot de Solana ainda em 2025. Até lá, o staking via ETF se consolida como alternativa segura e eficiente, e reforça a posição da Solana como um dos principais ativos da nova economia digital.
Para o investidor, trata-se de uma oportunidade de unir valorização de capital com geração de renda passiva, tudo sob um arcabouço regulatório robusto.